Hoyo-hoyo

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50% concluído!

Olá pessoal, tá ‘nice’ ?

Se tenho saudades? Sim, mtas! Saudades de um bom abraço apertado no cerejinha, gogô e lolô! E um bom bjo molhado na evezinha! E lógico uma gelada compartilhada com os amigos! No entanto, preencho 100% do meu tempo e consigo evitar sem problemas uma baixa na motivação!

Depois de muito tempo, a vontade de escrever retornou. A preguiça havia tomado conta, mas agora reafirmo meu compromisso pessoal de tentar transcrever o que se passa em terras africanas.

Muita coisa aconteceu nesses últimos dois meses e eu que imaginava que teria uma rotina por aqui, percebi que o dinamismo tem sido intenso neste intercâmbio.

Trabalho, relatório de estágio, mta capoeira e academia durante a semana. E praia sempre que possível! A capoeira tem sido mto boa principalmente pelo contato direto com os moçambicanos – pura cultura!

Interagindo com a população local de Inhaca!

Sobrevivendo na roda!

Sobrevivendo na Roda!

Em setembro, durante 4 dias, tivemos uma grande greve nas cidades de Maputo e Matola. Confusões em diversos pontos, especialmente nos bairros suburbanos, onde vivem as camadas mais desfavorecidas. Manifestantes montaram barricadas nas estradas, lançaram pedras contra a polícia e viaturas e queimaram pneus. Toda a organização da manifestação ocorreu por SMS (o uso de mensagem é muito comum em Moçambique e mostra o poder da rede) . Exatamente numa quarta-feira de manhã, quando eu estava indo para o trabalho, ‘dou’ de frente com uma barricada de pneus em chama no caminho Maputo-Matola. Volto para a casa e fico 3 dias sem trabalhar a fim de evitar sair nas ruas. De longe escutava tiros da AK-47 – muitos disseram que a polícia utilizava balas de borracha, não consegui confirmar isso. O motivo da greve: entraram em vigor, por todo o país, novos preços da água e da luz e do pão. Estes reajustes seguiram o aumento do preço dos combustíveis, material de construção e produtos alimentares básicos. O curioso é que a greve foi geral onde toda a população parou. O governo demorou, mas veio a público decretar medidas para deter o aumento. Na segunda-feira tudo a tranqüilidade da vida moçambicana já estava de volta. Acredito que Armando Guebuza também ficou contente.

Mais informações no site do UOL:  http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/internacional/2010/09/03/comercio-e-bancos-voltam-a-funcionar-em-maputo-apos-manifestacoes.jhtm

Pneus em Chamas

Pneus em Chamas

Voltando ao trabalho, fui a Nelspruit – uma cidade da África do Sul muito próxima de Maputo. Deu tempo suficiente para perceber a grande diferença que existe entre os dois países. Senti que estava novamente nos EUA. É lógico que la também se vê miséria, mas aparentou ser muito mais isolada do que aqui. Alguns dados interessantes nas relações dos 2 países é que os grandes projetos empresariais em Moçambique tem entre 25% e 30% de capital sul-africano, o que faz do país o principal investidor estrangeiro em Moçambique, tendo grande influência nas indústrias da cerveja e do açúcar. Ainda, Moçambique importa 20 vezes mais da África do Sul do que aquilo que exporta.

A diferença se percebe até mesmo na paisagem quando se atravessa a fronteira:

Nelspruit

Outro passeio que fizemos na África do Sul foi ao Kruger Park. É um dos maiores parques africanos com uma área de 20 000 km2 (Sim é gigante!). Num dia acredito que percorremos uns 10% no máximo – a uma velocidade variando entre 40 e 50km/h. Vimos girafas, macacos, babuínos, rinoceronte, zebras (inclusive uma cena erótica), gnus, kudus, elefantes, javalis, hienas, etc. Não conseguimos ver leões e nem leopardos! O passeio admite a entrada com carro próprio e a regra é em nenhuma hipótese ficar a pé (um pequeno sentimento de Jurassic Park toma a conta – mas com tanto tempo de carro e depois de beber algumas garrafinhas de água, tive que fazer uma parada para tbm marcar meu território). Foi uma experiência fantástica em que lembrei muito do gordinho, digo, do meu paizão – fã do Discovery Channel! Tbm não se podia dar comida aos animais, mas acabamos oferecemos umas bananas aos macaquinhos!

Hienas e filhotes

Girafas

Impalas

Ligia e os Elefantes

 

Chuchu e chuchuzinho

 

Hiena

Rinoceronte

Picurruxo

Vídeos no Youtube:

Também fomos a Suazilândia! Sim, que país é este?! A Suazilândia , oficialmente o Reino da Suazilândia é um pequeno país da África Austral, limitado a leste por Moçambique e em todas as outras direcções pela África do Sul. Suas capitais são Mbabane (administrativa) e Lobamba (legislativa). As línguas oficiais são o inglês e o swazi. A moeda é o Lilangeni, que acaba tendo um câmbio fixo no Rand (moeda da África do Sul, sendo que 1 rand ~ 5,2 meticais).O rei Mswati III possui 16 mulheres.

Fato curioso: “Em setembro de 2005Mswati escolhe uma moça de 17 anos para ser sua 13º mulher. Poucas semanas antes, ele havia anulado a proibição de prática de sexo por mulheres de menos de 18 anos, vigente por quatro anos no país para combater a AIDS.”

A saúde pública enfrenta uma catástrofe: um terço da população adulta é portadora do vírus da AIDS, a mais alta taxa de contaminação do mundo. Ficamos 3 dias hospedados num Lodge – o suficente para relaxar – numa cidade chamada Manzini. No 1º dia pegamos piscina, no 2º visitamos uma cachoeira e no 3º fizemos uma trilha. Voltamos cansados pra casa, mas com a mente bastante organizada. Senti o povo mais tranqüilo que em Moçambique.

Bandeira Suazilândia

Galera e Kudu ao fundo

Cachoeira da Mantenga

Parece uma tainha!

Sossego

Ligia tomando um banho

Giba malandrão

Matando a larica

Brasil e Portugal malandreando. Joao - pura parceria

Salud!

Foto por Mike Weiss

Foto por Mike Weiss

O Lodge! Foto por Mike Weiss

Trilha

brother!

Bye Swazi

Vídeos Swazi:

Tentamos pela 2ª vez conhecer a Ilha de Xefina (uma ilha próxima a Maputo). Alugamos um barco a vela, mas o vento soprou contra e não conseguimos chegar. O melhor do passeio foi o Chuchu e o banho que a Ligia levou com o balanço do barco.

Caminho da Ilha de Xefina

Conheci a praia do Bilene – um balneário de água salmora – mistura de rio com o Índico. Peguei uma festa no Rua D’Arte – uma balada que geralmente mescla Housing com tambores africanos (e de vez em quando um Roberto Carlos). Também tivemos Conferência Nacional da AIESEC com a grande maioria dos membros comemorando o 1º aniversário da AIESEC em Moçambique.

Bilene

AIESEC em Moçambique

Enfim, a experiência em terras africanas tem sido ótima e já ultrapassei os 50% do tempo que tenho aqui. A saudade dos bons momentos também começa a bater. Uma notícia ruim? Sim! Fui roubado em casa! Perdi 100 dólares e por isso mudei de casa. Agora estou morando com a Dona Narima, uma mulher muito gente boa e simpática. Há males que vem para o bem, pois agora a comida é melhor, são dois banheiros com ducha em ambos, ar-condicionado no quarto e inclusive a companhia. A Narima trabalha numa ONG americana chamada World Vision, então até mesmo o nível da conversa melhorou. E o novo empregado: Antoninnho! Que faz um sanduba da hora!

É isso! Saudades imensas de todos! Família, amigos e namorada que agora tá lá em Portugal! iiiiii

forte abraço e bjo no coração de todos

Filmes sobre a África que assisti nos últimos tempos:

Em nome da honra – “Catch a Fire”, Luta pela liberdade – “Goodbye bafana”, Hotel Ruanda, O ‘ultimo rei da Escocia – “The Last King of Scotland”, Invictus

Blog do Tiago Maciel que mto recomendo a leitura:

http://www.dotsconnected.wordpress.com/

e tbm o Blog  do Tiago Cruz – principalmente no Post “Visita”:

Aniversário Tiago

“Enquanto o gajo tava lá na cena dele… Dele!”

Um mês já se passou e já tenho uma sensação de estar me sentindo em casa (o que me deixa bastante contente).  No entanto sei do risco de passar pela fase de Facing reality e Hostility do intercâmbio, onde se começa a perceber o que realmente está acontecendo, entrar na rotina, perceber que nem tudo é tão perfeito, assim acontecendo o verdadeiro “choque cultural”. Por este motivo tento ocupar meu tempo livre para evitar as saudades de casa. Iniciei capoeira no Centro Cultural Brasileiro e esta semana também vou iniciar uma academia – para balancear os últimos semestres gordurosos de engenharia.

O lado cômico da capoeira: sou o único brasileiro e um dos mais fracos a treinar. No entanto a experiência tem sido muito positiva já que acabo sendo sempre a atenção dos treinos e também vítima das infinitas perguntas que eles me fazem. Sim, isso é mesmo normal aqui em Moçambique! Pela proximidade cultural, sinto que o Brasil é uma referência (pelo menos em Maputo) onde a maioria pretende um dia visitar. Na última semana tive o prazer de ser convidado para dois jantares em casas diferentes, sendo que em ambos, todos (digo todos mesmo) me fizeram MUITAS perguntas sobre a nossa cultura, mulheres, carnaval, religião, comidas, carros, cidades, cachaça, caipirinha, feijoada, etc. Ser uma referência para Moçambique traz uma enorme responsabilidade, já que este país possui um grande potencial de crescimento, onde os problemas tendem a ser similares aos do Brasil: tráfico, governo desonesto, poluição, trânsito, transporte público, etc. Uma curiosidade: em Maputo praticamente não se vê motos, o que é compensado pelo trânsito louco das chapas.

Agora melhorando um pouco o assunto, algo a se comentar são as cervejas moçambicanas: Laurentina e 2M. A Laurentina possui as séries: Preta e Premium. Gostei maningue da Preta, que possui um gosto mais forte, mas quando gelada desce muito bem. Uma curiosidade: “A cerveja de marca “Laurentina Premium” produzida pela empresa Cervejas de Moçambique (CDM) venceu, recentemente, a medalha “Grand Gold” no Concurso Internacional de Qualidade Monde Selection, realizado na Bélgica.” E além disso: “Em 2008 a cerveja “Laurentina Preta” obteve uma medalha de ouro atribuída por este prestigiado Instituto de Qualidade Europeu.” A Preta e Premium são cervejas de exportação principalmente para muitos países africanos. Em relação a 2M, gostei bastante também, mas ainda assim fico com a Preta!

bebendo uma Preta com Tomi - parceiro de empresa

bebendo uma Preta com Tomi - parceiro de empresa

bebendo uma Preta com Tiagão gaudério!

bebendo uma Preta com Tiagão gaudério!

Sobre religiões o que chama a atenção Elisa é como a “Igreja Universal do Reino de Deus” está forte no mercado – e o branding deles merece nota dez. Andando pela cidade pode-se ver pela menos duas não muito longe uma da outra e também uma 3ª semelhante àquela da Av. Mauro Ramos em Floripa! Fora ainda as que estão nos arredores da cidade. Inclusive, um dos canais mais assistidos é a Rede Record – para assistir a Globo somente com Tv a cabo. No entanto voltando ao assunto de religiões pude notar: muitos muçulmanos e católicos, testemunhas de Jeová e evangélicos e por curiosidade não conheci nenhuma pessoa que pratique algum tipo de religião africana. Acredito que o fato de morar em Maputo tenha influência nisso, já pelo que ouvi meu amigo Tiago Maciel (um outro brasileiro que trabalha na Vale Moçambique na Província de Tete) comentar sobre a influência das religiões locais nas obras da Vale – http://dotsconnected.wordpress.com/

Pelos dados do Google que consegui: Zione/Siao 25%, Católicos 23%, Evangélicos 21%, Muçulmanos 5% (tenho a impressão de que são muito mais).  Zione é uma seita religiosa que constitui uma miscelânea entre o cristianismo e crenças animistas tradicionais.

Na televisão local assiste-se principalmente  dois canais, sendo que em ambos pode-se assistir novelas brasileiras como Caminho das Índias e Negócio da China. Os programas são interessantes, mas quase não tenho assistido. Um fato curioso aconteceu, mas não me surpreendeu: estava assistindo a seção de esportes quando aparece o jornalista com a camisa do Criciúma E.C! É, time grande e bom é assim mesmo! Até bati foto para provar.

Criciúma E.C dominando!

No outro fim de semana participei como Chairman do Planejamento Nacional da AIESEC Mozambique! Mesmo como Alumnus é sempre bom reconectar-se a rede da AIESEC. Muito trabalho, mas um bom espírito de enjoy it! É notável que a @MZ está crescendo e com muita qualidade envolvida. Quem topa fazer um intercâmbio pra cá?!

Planejamento AIESEC Mocambique

Planejamento AIESEC Mocambique

Planejamento AIESEC Mocambique

Planejamento AIESEC Mocambique - e a comida 'rara' por aqui: Frango com batatas!

Provei carne de gazela e já repeti o prato! Passeei em Maputo por algumas Fortalezas da época colonial! Fui ao Teatro local na chamada Casa Velha no estilo gregoriano! Conheci a Costa do Sol – praia mais próxima de Maputo.

E lógico tenho trabalhado bastante. Na parte da manhã comercial, então são muitas visitas a empresas e na parte da tarde dando suporte a implementação de um novo software da empresa.

Barragem dos Pequenos Libombos - 40 km de Maputo

Barragem dos Pequenos Libombos - 40 km de Maputo - Tomi tuga parceiro de empresa

Almoçando carne de Gazela

Almoçando carne de Gazela

Costa do Sol

Costa do Sol

Costa do Sol

Costa do Sol

Costa do Sol

Costa do Sol

Feijoada de D. Hortencia por apenas 50 mets

Feijoada de D. Hortencia por apenas 50 mets

Conselho Municipal de Maputo

Conselho Municipal de Maputo

Orgulho dos avós - Catedral de Maputo

Orgulho dos avós - Catedral de Maputo

Orgulho dos avós - Catedral de Maputo

Turistando na Fortaleza de Maputo

Fortaleza de Maputo

Fortaleza de Maputo

Enfim, surgiu a oportunidade de conhecer a famosa Ilha de Inhaca!

Destaque para Ilha de Inhaca

Essa havia me despertado muita curiosidade pois tinha ouvido falar que era um verdadeiro paraíso e com a seguinte descrição que tirei do guia turístico: “a Ilha se resume a três pequenos vilarejos (IngwaneRibjene e Nhaquene), três escolas, um centro comercial, um posto de saúde, uma base policial e um farol. Apenas alguns lugares possuem energia elétrica. O turismo é relativamente intenso, com dois hotéis, dois restaurantes, um camping, passeios de barco, pesca esportiva e mergulho livre.”

Para se chegar lá, pode-se tomar um barco, o Nyelete, que sai 3 a 5 vezes por semana e faz o trajeto em duas horas. Ou pode-se optar por um pequeno avião que, duas vezes por semana e dez vezes mais caro, te deixa lá em sete minutos de vôo. Essa limitada oferta de transporte é um importante segredo de sua preservação.

Foto por Tiago Maciel - O Nyelete

O barco estava marcado para as 7:30h no sábado, mas estávamos atrasados. Para piorar, nosso táxi foi parado pela polícia bastante honesta de Maputo que logo pediu nossos passaportes. Sendo que nessa correria, a Ligia (brasileira) havia deixado o dela no outro carro – a polícia insiste em nos dar uma multa de 30 dólares, mas nada como um papo rápido para diminuir para 3 dólares (por baixo das câmeras lógico). O dia ensolarado prometia um passeio inesquecível.

Foto por Tiago Maciel - O Nyelete

Foto por Tiago Maciel - O Nyelete

Foto por Tiago Maciel - Eu, Tiago e Maico

Foto por Tiago Maciel - Eu, Tiago e Maico

Subimos a bordo do famoso Nyelete e em duas horas percorremos o caminho até Inhaca. Todos animados, num grupo de 17 pessoas entre brasileiros, portugueses, moçambicanos e inclusive um casal de namorados (brasileiro e iraniana) que conhecemos durante a viagem. Ficamos hospedados no Centro Biológico da Universidade Eduardo Mondlane,  em frente a praia.

Foto por Tiago Maciel - desembarcando em Inhaca

Maputo

Foto por Tiago Maciel - desembarcando em Inhaca

Foto por Tiago Maciel - Ilha de Inhaca

Logo que chegamos, fomos curtir um pouco a praia e em seguida preparar o almoço. Praia linda, sossego e solidão! Tudo perfeito! A paisagem é uma exuberante combinação de vegetação nativa, trilhas, dunas e água quente e limpa. A maré baixa revela um maravilhoso espetáculo. O recuo da água é muito extenso, deixando dezenas de barcos “encalhados” por algumas horas. Dizem que os flamingos aparecem a procura de pequenos crustáceos, mas não os notamos naquele lado da ilha (de qualquer forma presenciei flamingos livres num lago em Boane – 35km de Maputo).

Foto por Tiago Maciel - recuo do mar

Foto por Tiago Maciel - recuo do mar

Então, decidimos ir a Ilha dos Portugueses, do lado de Inhaca. Alugamos dois barcos e o previsto era que em 10min no máximo chegaríamos a ilha. Todos aproveitando o passeio muito empolgados  e eis que surge o comentário:  “Tem um barco na nossa frente.” “Sim, tem um barco” “Tem um barcoooooo!!!!!”

Foto por Tiago Maciel - antes do acidente até Ilha dos Portugueses!

Foto por Tiago Maciel - antes do acidente até Ilha dos Portugueses!

O desespero tomou conta, o barco em alta velocidade, já não se sabia se pulávamos ou o que? Olhamos pro barqueiro e ele pensando na famosa ‘morte da bezerra’ com pose de Vasco da Gama – de repente:: choque! Todos abaixados! Sim! Batemos!  e por um segundo pensei que ia morrer (eu não gosto de ser dramático, mas este episódio exige) – alguns entraram em desespero pois não sabíamos se o barco iria afundar, mas em pouco tempo já estávamos dando autas risadas e agradecendo ao cara lá de cima por ainda continuarmos intactos.

Diz o barqueiro que não viu nada ! Coisa lógica não?

Foto por Tiago Maciel - como ficou o outro barco

Continuamos a trip e logo estávamos na Ilha dos Portgueses, demos a volta na ilha que é linda, curtimos o sunset. Quantidade habitantes da ilha: 2 guardas florestais! Importante lembrar que a Ilha antes era utilizada para enclausuramento dos doentes de hanseníase.

Foto por Tiago Maciel - Ilha dos Portugueses

Foto por Tiago Maciel - Ilha dos Portugueses sunset

Foto por Tiago Maciel - Inhaca

Inhaca

De Volta pra Maputo

Voltamos pra Inhaca antes que escurecesse com receio das habilidades do nosso barqueiro. Janta, churrasco, cervejinhas pra relaxar e fogueira na praia! Ah, essas fotos ainda estou pra pegar!

Acorda cedo no domingo e logo pegamos o barco as 14h pro retorno a Maputo!

Resumo: experiência pra sempre ser lembrada! Pessoas ótimas e lugares paradisíacos! Isto é Moçambique!

TIA – This is Africa!

Zichirle, ubom a que?

Bom dia!!! tudo bem??

Agradeço a todos que passaram nesse blog, é muito bom saber que vocês estão acompanhando tudo! Obrigadão a todos que leram e enviaram msgs, seja por email ou por aqui mesmo! Isso motiva a escrever mais

Zichirle, ubom a que?! (no dialeto local do Sul de Mozambique: xangana)

Obommm.

A rotina em Mozambique agora comeca a se estabelecer.  Já estou com celular, portanto quem quiser trocar SMS o número é +25 823066511 . Angela – minha roommate – disse para eu cuidar com os ladrões de celular nas chapas (vans locais) pois eles roubaram o dela com magia! Raciocinei que os políticos brasileiros devem ser bruxos de alto escalão.

Por falar nisso, celular é algo que aqui é realmente barato, mas de qualidade ainda baixa. Basicamente o mercado está compartilhado por duas empresas: Vodafone (sul-africana) e Mcel (eme céérr) – por toda a cidade, toda mesmo, vê-se anúncios gigantescos dessas marcas, assim como muitos vendedores ambulantes de crédito.

O capitalismo vai entrando em Mozambique de uma maneira nada suave. Essas empresas e muitas outras dominam com propagandas cheias que incitam o consumo viciante de bebidas e telefones celulares, um ótimo exemplo que demonstra que a globalização de fato democratiza tudo, inclusive as porcarias.

Ouvi falar que até os nomes das ruas serão alterados. Sim, aqui existe a Avenida Karl Marx, Avenida Mao Tse Tung, Av Salvador Allende, Av Friedrich Engels,  etc. Esses nomes existem porque, a FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique), sendo o único movimento reconhecido internacionalmente que tinha lutado pela independência de Moçambique e negociado a sua independência de Portugal através dos Acordos de Lusaka (1974), foi a força política que assumiu o poder, de forma constitucional.

Em 1978, o movimento decidiu transformar-se em partido político, de cunho marxista-leninista e continuou a dirigir o país como partido único até 1994. Entretanto, em 1990, a Assembleia Popular aprovou uma nova constituição que mudou o sistema político, aceitando a formação de outros partidos. Mozambique continua sendo governada majoritariamente pela Frelimo. As armas herdadas desse período ainda hoje são utilizadas pelos policiais, todas modelo AK-47 e AKS-47 (russas), por sinal retratadas na bandeira da nação moçambicana.

No fim de semana passado tivemos recepção da AIESEC, foi muito legal com todos os membros presentes, novos trainees que estão aqui para trabalhar como eu e também o novo time nacional da AIESEC. Comi muita comida típica como: rosói (risólis de peixe), lula, xima (farinha de milho, água e sal, ou seja polenta, mas de cor branca) com matapa (folha de mandioca ou couve com amendoim), xamussa (pastéis de peixe), frango assado, batata frita (come-se muita batata aqui), bolo, torta e coca-cola!! Dançamos um pouco de passada, kuduro , milindro e claro, forró. Milindro exige uma boa coordenação, mas pelo fato de ser muito engraçado a gente se esforça em aprender.

Ficamos até as 19h na recepção pois as festas aqui acabam cedo e ah! bebemos champagne para comemorar! Champagne que eu e Hussein compramos no Mercado Estrela – um mercado púlico de rua que vende muita coisa, de galinha até whisky (originários do mercado negro da África do Sul).

Comecei a trabalhar na segunda, sendo que Lilian e Edgar (o novo membro do time nacional da AIESEC) me levaram pra conhecer meu chefe, o senhor Luis, um portuga mto gente fina e inteligente,.

Discuti a questão de cotas no Brasil com alguns amigos da aiesec e levantamos pontos interessantes que não vale comentar aqui por ser um tema muito polêmico ham?

Mozambique tem 50-60% (alguém corrija-me se eu estiver errado) do orçamento nacional vindo de ajudas internacionais e isso, ao mesmo tempo auxilia, mas tbm prejudica o país. Afinal, aquela famosa frase aqui se estabelece: A mão que ajuda está sempre acima da mão que recebe. E o potencial aqui é imenso principalmente pelo clima, povo, localização geográfica.

A empresa fica em Matola, uma cidade próxima a Maputo (distancia Criciúma-Araranguá), sendo que todos os dias terei alguém para me buscar – hoje foi o próprio Sr. Luis. Ele tbm me ofereceu o carro para pegar em breve, mas o transito aqui é muito louco, os mozambicanos gostam de correr e buzinar, além disso como já comentei o transito é mão inglesa. Detalhe: já presenciei 4 batidas de carro e quase participei de uma. Uma chapa (vans locais) veio na contra-mão e ainda ficaram bravos com a gente – chega a ser engraçado.

Minha função na empresa é auxílio na logística e área comercial. Por ser uma empresa de transportes de longa distância, talvez terei que viajar a províncias como: Beira, Nampula e Tete. Existe a possibilidade de também ir até o Malawi, o que seria uma baita aventura. Estou torcendo por isso.

Como deu pra perceber, já aprendi algumas palavras em xangana – o principal dialeto em Maputo – e isso me ajuda a ganhar simpatia com os moçambicanos – precisam ver o sorriso que abrem quando os cumprimento em xangana. Quem está me ensinando é a Dona Julieta – nossa empregada. Ela tem lavado todas as minhas roupas e passado, limpa meu quarto, arruma minha cama, passa cera.. Faz meu café da manhã – que por sinal é gordo – pão, café, hamburguer, salsicha (chamado aqui de vorce), bolo, suco – pedi a ela para trocar tudo por frutas. Quando acordo, tudo já está na mesma. Me adaptei facilmente a comida local e até agora nunca me borrei – como dizem os portugueses – Experimentei a famosa piri piri. Piri piri é como chamam as pimentas moçambicanas numa mistura com cebola ou vinagre e até mesmo limão. Acho que vou levar um carregamento para o Brasil.

O banho ainda continua tcheco e espero enviar fotos de tudo em breve.

Também conheci o Mercado Municipal e algumas outras feiras. Teve despedida da Lilian para o Brasil. Provei as cervejas! Ah, as cervejas! E Terá encontro dos Alumni da AIESEC no fim de semana. No entanto, deixo tudo para o próximo post! 😉 Outras coisas a se comentar: Cabelos Brasileiros, Carregando na cabeça, praias, cabritos, etc

Estou com bastante saudade de casa e da minha namorada, mas também muito feliz de estar aqui e conhecer tantas pessoas diferentes e iguais ao mesmo tempo.

Por enquanto é isso, vou voltar ao trabalho!

Forte abraço a todos!

Grande beijo Evezinha, pai, mãe e Elô!

Cuidem-se!

Maningue Nice!

Saudades da namorada e de toda família e amigos!

TIA – This is Africa!

A viagem foi tranquila, comi muito durante a mesma, mas não consegui dormir nada. Chegamos as 11h em Maputo e a galera da AIESEC já estava esperando com faixas e presentes! O Aeroporto de Maputo (que é o maior do país) é curioso, muito mais velho do que o aeroporto de Criciúma.

E isso foi algo que me chocou em Mozambique. Eu esperava pobreza, mas não o abandono. Digo abandono, pq vemos mto abandono de prédios, casas, sujeira na rua e claro, pobreza. Prédios mto velhos e mta sujeira mesmo na rua.

Voltando a história, o MC (time nacional da AIESEC) veio nos pegar de carro no aeroporto e logo nos ajudaram com a mala em casa e nos levaram pra almoçar. Comida da Dona Vera (a empregada do MC), galinha com macarrão (macarrao nao tem como eu recusar). Liguei rapidinho pro pai pelo skype.

A tarde fui com Hussein, Neide e Mamiza (3 membros da AIESEC) pra casa conhecer as meninas do apartamento em que vou morar – Angela e Nemezia – fazem Administração e parecem ser mto legais, além disso tem a empregada da casa Dona Julieta. Está sendo bem tranquilo, estou pagando pela casa, comida e roupa-lavada. O apartamento é bom e minha cama é bem grande. O chuveiro está estragado então estamos tomando banho tcheco (na canequinha). Tem duas sacadas gigantes, televisão no quarto, som, congelador, geladeira, microondas, fogão.. tudo certo e nem a louça eu lavo pq em Moçambique, os homens são um pouco machistas e portanto elas não deixam eu lavar (pois acham que seria vergonhoso pra mim, que ruim ham ?!)

O Hussein tem se mostrado um ótimo amigo, me levou pra trocar os dólares, comprar travesseiro, mercado, me mostrou como se anda de chapa (vans públicas em que se paga 5 meticais por viagem, detalhe 1US$ = 35 meticais ), me mostrou alguns mercados publicos, enfim tem me dado muito suporte.

É legal como o povo mocambicano é mto caloroso e eles vivem querendo abraçar! Andar nas ruas de Mozambique é uma sensação diferente, você é sempre atracao principal, todos te olham por ser branco e claro vem querer vender o que possuem em mãos. E isso é algo que me surpreendeu tbm, eles vendem tudo, literalmente, tudo nas ruas! Desde cuecas, calcinhas, até peixe! tudo nas calçadas! As frutas pode-se comprar tranquilamente pois são frescas e baratas! Tenho comido muita bergamota boa aqui.

Já mandei instalar internet em casa e acho que até sexta tenho o acesso. Resumidamente é isso! Amanhã (segunda) começo a trabalhar e aí vou estabelecer minha rotina. Estou muito contente até o momento e espero que amanhã a empresa me supreenda positivamente tbm, pois é isso que mais importa ham?

Tá nice então?! (traduzindo: tá certo então!) Maningue Nice (muito bom) . Eles misturam a língua local com o inglês por ser mto perto da África do Sul. Hussein morou uns anos na África do Sul e Europa, então gosta de conversar em inglês comigo. Temos caminhado mto, e é interessante como posso me identificar tanto com uma pessoa diferente de mim – Hussein é muçulmano assim como Mamiza, então no meio de nossa caminhada eles precisam, de vez em quando, entrar numa mesquita para rezar. No sabado acordei com a reza das mesquitas proximas – mto legal por sinal.

Tenho caminhado  nas ruas de Maputo e anda-se tranquilamente aqui sem medo nenhum, apesar de toda a pobreza existente.

De vez em qndo na rua me chamam: Ê mulungo! Ê musungo!! (ei branquelo!) e Hussein me ensinou a responder: Canimanbo! (obrigado no dialeto local) e eles dão risadas! Aprendi muita coisa local já, até mesmo o aperto de mão deles. E já conheci mais de 100 pessoas com ctz!

Por enquanto eh isso!

Um abraco e beijo no coracao de todos! Evezinha, te amo!

1, 2, 3..

Testando!

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